quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pain I can't get enough


Doí ...
Não apenas o que já deviam saber e não sabem, mas também o que me testam.
“Se a carapuça serviu!”
Não não serviu, mas parte-me a alma sequer teres de experimentar, o não perceberes que não era capaz de fazer o que me fizeram... o fazer alguém sofrer o que eu sofri.
Doí...
Ter tido a decência que não tiveram comigo e mesmo assim ser julgado e crucificado por meias palavras sedutoras que vos disseram.
Puta vira mártir, no entanto o pecador continuo eu.
Retiram pedaços de mim que não devolvem, e vêm-me cair sem qualquer sentimento.
Tornam-me me frio, queiram depois o meu perdão.
Na frieza que me abandonam perco o sentir, tanto o meu como o vosso, congelado no gelo que me atiram á face.
Amizade perdida no não falar que idolatram.
Alma presa no desejo que não queria sentir mas me consome.
Apoiada pelos que nada devem, abandonada pelos que ama.
Quanto ao desejo que sinto, vou senti-lo como se não me condenassem.
Ignoro-vos porque escolheram ignorar-me a mim.
PM.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Desire


Já tinha saudades do sabor a sal na boca, do sentir queimar na pele.
Aquela visão paradisíaca permanecia imutável, apenas eu envelhecia, desgastado por 21 anos de loucura e descoberta.
Naquele refúgio sozinho com as minhas vozes e com o sol no corpo rejuvenescia de novo, despido de qualquer preconceito, desinteressado de qualquer confusão humana.
O barulho das ondas nas rochas embalava-me e permanecia semi-acordado falando comigo mesmo, a praia era apenas minha, um mundo só meu.
Sonhava com crianças que corriam de mão dadas e sorriam despreocupadas, não existia mundo para além delas, o que eu tinha saudade disso, dessa liberdade que só ali agora conseguia. Nem a fome de cigarros me perturbava.
Corro para a água com a prancha como quem corre para os braços de uma amante perdida, límpida e quente acaricia-me o corpo como se me esperasse.
Durante segundos esqueço o mundo, esqueço as minhas vozes e o meu corpo é bombeado por uma sensação de adrenalina única!
Depois do clímax de liberdade volto a toalha quase cambaleando, já não tinha a resistência de surfista e num acto de loucura grito a plenos pulmões!
Recupero o folgo e o vício do tabaco já me inquieta, relaxo encostado enquanto fumo e os meus olhos deparam-se com o teu corpo nu correndo na praia, deusa grega que se aproxima na minha direcção. Penso em vestir os calções mas decido ignorar o pensamento racional, estava na minha zona de liberdade não ia abdicar disso.
Fecho os olhos e descontraio, mas a tua sombra rouba-me o sol.
Olho para cima indignado, mas o tom escuro da tua pele e a beleza exótica dos teus olhos rasgados roubam-me a expressão.
Dizes algo mas não consigo distinguir, cada centímetro do teu corpo esculpido na perfeição ocupa a minha total atenção.
Pedias-me para surfar, mas o teu corpo pede-me para ser tocado, como se conhecesse cada tecla de ti, cada som que vai fazer.
Tento controlar o desejo e ele ruge dentro de mim revoltado, tinha de te sentir, de te afinar á minha melodia animal.

Fizeste daquele meu refúgio espaço de loucura e desejo.
Wolf

domingo, 17 de julho de 2011

Melodias de mim


So me apaixono por quem não posso, por quem vocês não apoiam …
Reduzem a minha escolha à vossa vontade.
A cada ultimo beijo dele senti o toque da saudade.
Não me posso apaixonar já percebi… não me deixam voar, mas ignoro.
Luto mesmo contra vocês, se luto contra a minha própria razão como me pedem ser mais ?
Falta de apoios? Não é novidade amores e vocês sabem no bem!
Sabem que o gosto a amargo para mim já se tornou doce .
Sabem-no melhor que ninguém e mesmo assim abstêm-se , obrigam-me a provar dele de novo.
Como se dele já não tivesse saciado...
Queimem-me de novo, o hàbito acalma a dor.
O prazer de te ter comigo suplanta a razão e suplanta quem não me consegue apoiar, quem diz caminhar comigo e me deixa a passos calados.
Compreendo-os mas concordar com eles ? Não consigo, com ou sem razão mereço mais que considerações relacionais.
Busco a minha felicidade, vivo a minha vida, tenho o meu pesar e a minha virtude.
Quem não me quer, que esteja fora.
Quem me quer alegre-se pois caminhamos de mãos dadas, caminhamos em uníssono.
Breve melodia.

PM