"Vocês vivem muito rápido meus filhos" - diz a minha avó.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Flash
"Vocês vivem muito rápido meus filhos" - diz a minha avó.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Sunday Feel
Shot me down
Era noite de electro e estava a entrar no espirito dentro das minhas cavas super largas e com as minhas vans old school.
Conversava com o empregado, o meu affair passado, sobre problemas que ficaram por resolver... nao me lembro especificamente da conversa o alcool já me estava a bater . Lembro-me vagamente de ser uma conversa amigável, conversas de velhos que deixaram a juventude pra trás das costas.
He shot me down...
Estava a beber um whisky cola... Que raio faço com um whisky cola na mão ? porque estou sozinho no balcão ? Peço mais um vodka limão, mas levo um olhar repreensivo teu enquanto o fazes, sei que estou bêbado mas ignoro a razão por mais um tempo e ignoro-te a ti! Não quero pensar em nada, hoje a vodka é a minha melhor companheira e tu ja estás para trás das costas.
Bang bang...
Cá fora e com o bar já fechado espero os amigos do costume. Noto que estão atrasados e tenho a cara molhada. Estive a chorar á porta do bar ? não isto nao sou eu... que raio se anda a passar esta noite? Mando toda a gente pro caralho com a raiva de não estar a compreender, de o efeito do alcool me estar a deixar tao frustado !
My baby ....
Estou na disco já, aos saltos que nem um louco, olho-te com ar de predador e vejo que cais pois retribuis o toque subtil da minha mão e levo-te para o sofá onde trocamos beijos escondidos, onde sinto a tua pulsação acelerar á luz daquelas drogas, daquele som viciante.
Sinto a pista a chamar-me e num salto já te perdi. Vibro ao som daquele Dj que me encanta como uma serpente ! Sinto a loucura, a insanidade a tomar conta de mim.
Shot me down...
Já a caminho de casa, mal me aguento nos pés e pelo caminho sinto uma agonia no estomago, um aperto incontrolável... agarro a barriga e vomito!
Sinto me a desaparecer mas logo depois a energia volta...
Amanha espera-me outra história sem pormenores, outra noite de apenas momentos.
Noites encontradas
Fazes me gritar como Deus, nessa imensidão de prazer que me transmites.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Noites perdidas
As luzes da noite confundem-me a realidade. O alcool no sangue e a linhas na casa de banho começam a fazer efeito e a atordoar-me a visão... tudo o que era errado parece agora certo e fascinante... mais um gole de loucura e os sentimentos voam como numa montanha russa.
Ao ritmo do electro os nosso corpos loucos respondem com movimentos e transpiração. Aquela inegável alam da noite, aquele animal que se alimenta nas sombras toma conta de mim. Em busca de um prazer momentâneo que só o calor de um corpo, a troca quente de beijos, pode saciar. Olho-te no meio da pista com ar de cabrão e com um toque leve de lábios no pescoço convido-te, a minha presa, a seguir os meus paços. Na casa de banho a desce com a língua sobre mim... Gritos de prazer abafados pela musica á qual o meu corpo responde já sem pensar! Dentro de ti explode todo o meu prazer, toda a minha necessidade de me saciar....
Satisfeito ondulo de novo para o chão da pista que chama por mim... sei que me irei lembrar do teu toque, ta nossa troca de prazer... como adoro sexo!
Pouco mais irei reter da noite, gritos de loucuras, corpos que dançam ao som do prazer, esperamos demasiado por estas noites que acabamos por esquecer, com as pessoas que desejamos nem recordar.
Seremos eternos jovens a uivar a uma lua que cada vez se afasta mais do nosso ser.
PM
domingo, 17 de abril de 2011
Árvore
Aos poucos estica as raízes, tímida ao início com algum medo do mundo feroz que a rodeia... No entanto vai-se desenvolvendo e ganhando coragem até que se torna segura no seu tronco, enraizada no seu chão.
Via a cidade ao longe e com o passar dos anos enrijecia e aprendia sobre o mundo, enquanto a cidade se aproximava.
Vários sonhos fizeram nela a sua casa, e ela própria sonhava em alcançar o céu um dia, a cada ano que passava ela chegava mais perto e mais perto… a certa altura sentia-se secar, perdia as suas amadas folhas e flores mas logo depois reflorescia com mais força, sem nunca desistir do seu sonho.
Com a aproximar da cidade ela viu amores começarem e acabarem, cravaram na sua casca dura paixões que rapidamente desvaneciam, porém ela sorria com orgulho daqueles que amaram sobre ela.
Um dia sentiu-se cair, perdeu as raízes e ficou fraca ao ceifaram-lhe a vida.
Pegaram em toda a sua força e esplendor e fizeram dela fina folha de papel.
Nos seus últimos momentos fraca e sensível um jovem rapaz escreve-lhe na pele:
"Quando tudo tiver fim, sem princípio algum, serei princípio de mim."
Sentido as palavras do rapaz agarrou o seu sonho mais fortemente que nunca.
E numa ultima luta… num ultimo suspiro de guerra… a folha de papel voou mais alto do que algum dia tinha sonhado!
21
The wolf
Como todos já vesti a pele do mal, do lado negro que nos parece tão aliciante, quase inegável.
Vesti a pele de cordeiro, infiltrei me na manada e saciei-me ás custas dos meus, lado que não me orgulho, lado que se apoderou de mim aos poucos como defesa do essencial.
Como poderia proteger me doutra maneira ? Sem te magoar como magoei?
Envolto na adrenalina não soube ver que o importante era continuar, insistir nesse sentimento de amizade que se desvanece , que se turva...
Atingimos pontos sem retorno, a adrenalina do desafio tomou conta de nós, e agora nesta competição que nenhum vai ganhar , vemo-nos ambos incrédulos, perdendo o mundo aos poucos.
Nesta queda sem fim, quando damos as mão e aceitamos cair juntos ?
Decerto não teremos escolha senão a resignação e aceitar esta frustração inerte.
Voemos de novo, segura-me a mão e vamos para o sitio só nosso onde podemos estar aconchegados.
Agora somos só nós, eu e tu, e uma imensidão de percurso por andar.
Descobriremos mundos na nossa interminável ingenuidade pura .
Voltemos atrás .
Divindades Abaladas
Somos deuses num mundo de plebe desesperada.
Olhamos a imperfeição com um brilho nos olhos e com um amor que nos surge como nato.
Não percebemos como os outros não o conseguem fazer, mas mesmo assim sustemos aquela fantasia que os faz sobreviver... aquela fantasia que os faz aguentar...
Dói-nos e acima de tudo consome-nos a alma, pois como deuses presos nesta condição humana somos consumidos a uma velocidade letal e nesta adolescência a que estamos presos pesa-nos a alma envelhecida.
Bebemos e fumamos a dor que não desaparece, custa-nos o esforço mas batalhamos para manter a fantasia e felicidade dos outros... da plebe que se alimenta às nossas custas!
O sexo já nao nos preenche as falhas que o amor deixa para trás.
Como sobreviveria a humanidade na desistência divina ?
Unos, perfeitos na imperfeição, presos em corpos que nos reduzem...
Quando me pergunto se o esforço vale apena... o nosso eterno amor atroiçoa-me o peito e faz-me continuar a ser consumido em nome da fantasia sustentada, a nao desistir de continuar as tretas que servem de base... para esta falsa estabilidade.
Maldição disfarçada de esplendor, esta que nos leva.
História compilada
Vamos direitos para o Inferno por nos deliciarmos divinalmente neste gosto a pecado. Sem limites ou fronteiras, despidos de tudo e todos, entregues só a nós.
Eternos cúmplices no nosso hedonismo incorrecto.
Mas que posso fazer se adoro a adrenalina que me corre nas veias, esta sensação de liberdade? A ansiedade desta escolha que me consome a alma.
O lutar para ser bom e correcto mas a provar incansavelmente do fruto proibido.
O ter-te perto a ti e a ela...
O teu suor, o sentir o cheiro dela, o nosso magnetismo animal contra o sentimento profundo de ternura. Loucura a desta confusão que toma conta de mim, a ausência de uma escolha que me define.
Ser um nada ou ser um tudo ?
Deixou de haver meio termo, esta incapacidade de escolha acabará por escolher por mim, contudo este ser que vive de uma adrenalina indomável, de um desejo incansável, neste momento sou Eu!
Desfruto desta caminhada com um fim violento.
(...)
Depois do cair e levantar, do iludir, da escolha e da batalha, do ganho e da derrota...
Depois de ser tornado réstia d besta que respirava confiança, do animal que rugia de esplendor, lambo as feridas resignado.
Nada mais me resta do que a coragem semi-nua no canto, abalada e confusa.
Porém essa restia de chama em mim será novo princípio da fogueira que há-de vir.
Loucura do próximo limite que ousarei desafiar.
Eterno parvo, eterno audaz.
Agora é tempo de recuperar...