quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Short Clip


"Pagamos pelas ideias dos nossos antepassados.

Ideais de revoluções sexuais, de liberdade de expressão e tolerância. Ideais que agora devemos ás vozes que nos oprimem, essas vozes que violam os direitos humanos em nome de culturas destrutivas e unifocada em regimes que temos de tolerar... de compreender.

Cospem na nossa dignidade humana, em nome de conceitos de decência pré históricos e cegos... mas nós tolerantes recebemos os infindáveis ataques que nos custam vidas, com meias medidas de razão e sorrisos.... e sorrisos...

Com aquela definição de ética que nos falha no concreto."

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pain I can't get enough


Doí ...
Não apenas o que já deviam saber e não sabem, mas também o que me testam.
“Se a carapuça serviu!”
Não não serviu, mas parte-me a alma sequer teres de experimentar, o não perceberes que não era capaz de fazer o que me fizeram... o fazer alguém sofrer o que eu sofri.
Doí...
Ter tido a decência que não tiveram comigo e mesmo assim ser julgado e crucificado por meias palavras sedutoras que vos disseram.
Puta vira mártir, no entanto o pecador continuo eu.
Retiram pedaços de mim que não devolvem, e vêm-me cair sem qualquer sentimento.
Tornam-me me frio, queiram depois o meu perdão.
Na frieza que me abandonam perco o sentir, tanto o meu como o vosso, congelado no gelo que me atiram á face.
Amizade perdida no não falar que idolatram.
Alma presa no desejo que não queria sentir mas me consome.
Apoiada pelos que nada devem, abandonada pelos que ama.
Quanto ao desejo que sinto, vou senti-lo como se não me condenassem.
Ignoro-vos porque escolheram ignorar-me a mim.
PM.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Desire


Já tinha saudades do sabor a sal na boca, do sentir queimar na pele.
Aquela visão paradisíaca permanecia imutável, apenas eu envelhecia, desgastado por 21 anos de loucura e descoberta.
Naquele refúgio sozinho com as minhas vozes e com o sol no corpo rejuvenescia de novo, despido de qualquer preconceito, desinteressado de qualquer confusão humana.
O barulho das ondas nas rochas embalava-me e permanecia semi-acordado falando comigo mesmo, a praia era apenas minha, um mundo só meu.
Sonhava com crianças que corriam de mão dadas e sorriam despreocupadas, não existia mundo para além delas, o que eu tinha saudade disso, dessa liberdade que só ali agora conseguia. Nem a fome de cigarros me perturbava.
Corro para a água com a prancha como quem corre para os braços de uma amante perdida, límpida e quente acaricia-me o corpo como se me esperasse.
Durante segundos esqueço o mundo, esqueço as minhas vozes e o meu corpo é bombeado por uma sensação de adrenalina única!
Depois do clímax de liberdade volto a toalha quase cambaleando, já não tinha a resistência de surfista e num acto de loucura grito a plenos pulmões!
Recupero o folgo e o vício do tabaco já me inquieta, relaxo encostado enquanto fumo e os meus olhos deparam-se com o teu corpo nu correndo na praia, deusa grega que se aproxima na minha direcção. Penso em vestir os calções mas decido ignorar o pensamento racional, estava na minha zona de liberdade não ia abdicar disso.
Fecho os olhos e descontraio, mas a tua sombra rouba-me o sol.
Olho para cima indignado, mas o tom escuro da tua pele e a beleza exótica dos teus olhos rasgados roubam-me a expressão.
Dizes algo mas não consigo distinguir, cada centímetro do teu corpo esculpido na perfeição ocupa a minha total atenção.
Pedias-me para surfar, mas o teu corpo pede-me para ser tocado, como se conhecesse cada tecla de ti, cada som que vai fazer.
Tento controlar o desejo e ele ruge dentro de mim revoltado, tinha de te sentir, de te afinar á minha melodia animal.

Fizeste daquele meu refúgio espaço de loucura e desejo.
Wolf

domingo, 17 de julho de 2011

Melodias de mim


So me apaixono por quem não posso, por quem vocês não apoiam …
Reduzem a minha escolha à vossa vontade.
A cada ultimo beijo dele senti o toque da saudade.
Não me posso apaixonar já percebi… não me deixam voar, mas ignoro.
Luto mesmo contra vocês, se luto contra a minha própria razão como me pedem ser mais ?
Falta de apoios? Não é novidade amores e vocês sabem no bem!
Sabem que o gosto a amargo para mim já se tornou doce .
Sabem-no melhor que ninguém e mesmo assim abstêm-se , obrigam-me a provar dele de novo.
Como se dele já não tivesse saciado...
Queimem-me de novo, o hàbito acalma a dor.
O prazer de te ter comigo suplanta a razão e suplanta quem não me consegue apoiar, quem diz caminhar comigo e me deixa a passos calados.
Compreendo-os mas concordar com eles ? Não consigo, com ou sem razão mereço mais que considerações relacionais.
Busco a minha felicidade, vivo a minha vida, tenho o meu pesar e a minha virtude.
Quem não me quer, que esteja fora.
Quem me quer alegre-se pois caminhamos de mãos dadas, caminhamos em uníssono.
Breve melodia.

PM

quinta-feira, 30 de junho de 2011

cenas




Salto para o ar sobressaltado!
Não foi nada apenas um pesadelo, repito vezes sem conta até o cérebro acalmar...
Lavo a cara e ligo o mac com musica a rasgar os ouvidos e o cérebro, estava na hora de acordar a besta adormecida.
Olho para o telemóvel e vejo 10 chamadas não atendidas e 3 sms e deixo-o intacto na mesa suja de cinza.
“Hoje o dia não é vosso é meu.” – penso para mim mesmo olhando a nuvem de fumo da noite passada que ainda me sufocava o quarto.
Visto o estilo “ I don’t give a fuck ” e saio de casa para encontrar-te, não sei onde vou mas não quero estar com ninguém do custume, não quero ir aos cafés habituais nem dar asas a uma rotina que se estava a formar á minha volta.
Quero ver se sempre me encontras quando quero fugir, se sabes onde paro quando não quero pensar.
Chego á esplanada do miradouro e sento-me observando Lisboa, perdido no café com gelo e no meu cigarro nem me dou por tu te sentares.
Levanto a cabeça...
“Que fazes aqui” – digo distraído.
“Vim ver-te, sabes que sei sempre onde estás mesmo quando queres fugir cabrão!” – dizes-me ironicamente sorrindo.
“Só estas cá quando não te quero, quando preciso nem vê-la. “– respondo a enrolar mais um daqueles que me expande a mente.
“Também quero”– dizes-me num salto! – “E só precisas de mim quando sabes que não posso estar, quando te quero rejeitas-me tipo pastilha mascada!”
Dou-te para acenderes com aquele desdém ainda a notar-se enquanto vamos para a relva a passos lentos.
“Escusas de estar tão revoltado comigo, Sabes que te amo mas tenho um mundo á minha espera! Tenho uma vontade insaciável de descoberta e se não fosse assim nem olhavas para mim! “ – mandas-me á cara, e puxas o cabelo longo preto para trás como sabes que sempre apreciei.
Estavas certa mais uma vez e não te queria deixar voar... queria-te só para mim, egoísmo sem cura quando se tratava de ti.
“Por mim vai descobrir o que quiseres, não és a única a querer andar sem matilha.” – digo-te engolindo a vontade.
Sabes tão bem como eu que a paixão do meu coração se centra na impossibilidade, na incompatibilidade que nos impede de socializar e sair juntos.
Deitas-te sobre o meu peito fazendo o meu coração acelerar e passados alguns minutos a minha mente expande-se.
“ Como sabes sempre onde estou? “ –pergunto
Silêncio, dormias já de forma profunda e não te queria acordar. Queria aproveitar os poucos instantes em que te tinha.
Desviei a tua cabeça e coloquei-te delicadamente sobre a mala. A visão de ti ali frágil era contra a tua natureza e sabia que não ia durar.
“ Tive de ir, depois encontras-me de novo!” – rabisquei num papel enquanto abalava
Fugi para não te agarrar, Fugi para não me culpar de não conseguir cuidar de ti como mereces.
Fugi porque sei que por mais que te ame no momento, amanha já não vou cá estar, neste sentimento que me foge pelas mãos.
Neste medo de me comprometer.
Nesta vontade de me libertar, que nem a ti perdoa.

terça-feira, 28 de junho de 2011




Perco a imaginação.

Perco-me as vezes tanto numa vastidão de ideias que me esqueço de como expressar. Bloqueia-me tanto sentir.

Tento não pensar, não absorver pensamentos complexos.

Tento ser simples... acima de tudo pensar menos e ser mais básico e feliz por estupidez, enganado em mim mesmo.

Sufocam-me as ideias e fico com o pulso preso, não permito ao corpo sentir mais ou pensar, paralesia total.

Imensidão que me acolhe e me permite recuperar.

Espaço que não consigo abdicar...

PM

Jogos


O teu odor indignou-me, cheiravas a uma mistura de pecado original com luxúria...
Fazias o teu ritual de dança egoístico onde te abstraias de todo o mundo e te elevavas a cima e foi quando me vi perdido em ti pela primeira vez.
Trocas de olhar suaves e estava feito... tinhas-me na palma da mão, envolvido nos teu lábios mortais.
O meu corpo há muito que desesperava por um desafio, uma lembrança do que era ser predador... e reduzes-me assim a presa!
Derrotado e no chão, frustado ! Até que me acenas...
Volta o jogo da sedução... toques prolongados, olhares provocadores e conversas mentais!
Tento ficar por cima, parecer ter a lábia toda do mundo para me desarmares tipo principiante...
Quando me dou por rendido, ris e segues para o próximo desafio.
Sozinho lambo as feridas e volto á reflexão.